quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Bom dia, minha galerinha querida!


Segue mais uma reflexão em forma de texto para a leitura de quem se interessar sobre assuntos diversos e cotidianos! Acho que postar a foto de minhas vozinhas é a melhor forma de falar sobre longevidade, elas são a minha prova cabal disso!

 



E se a gente pudesse escolher quando morrer?

Ontem, em conversas em aniversário de criança, surgiu o assunto longevidade e um comentário me chamou a atenção e, claro, me deixou instigada para escrever um texto novo!
Falei que queria chegar aos 90 anos ainda com muita disposição e um colega afirmou: para que chegar nessa idade e não ter mais autonomia, passar o dia todo vendo TV e fazendo cocô na fralda?
Na mesma hora, respondi: mas se a gente pudesse escolher com que idade morrer, seria muito bom, pena que não podemos! E ter uma vida com essas características pode ser relativa, não é regra!
Todos os meus amigos sabem que tive uma vó que faleceu aos 95 anos e outra que acaba de fazer 99 e 3 meses, que anda sem nenhuma consciência, passa o dia sem  muita interação e está estável, na medida do possível para a idade e, nunca foi concedido para ela, escolher viver essa situação de ser quase uma centenária!
Fiquei aqui me perguntando: será que ela queria ter chegado aos 99 e, se Deus quiser, aos 100 anos de vida? Vejo tantos outros idosos com mais de 80 anos ultimamente que, acho que longevidade é um fato real, só muito solitário num lar de idosos, infelizmente!
Lembro quando ela tinha um pouco de consciência, que sempre que ia limpá-la, ela comentava: minha filha, eu estou dando muito trabalho para você. Agora, os cuidados com ela ainda são maiores e, ela já nem tem consciência disso e faz parte, é a vida!
Não temos o poder de escolher quando vamos deixar esse plano, exceto nas situações em que as pessoas planejam sua própria morte, num ato de muita polêmica, que é um suicídio... Deixar de ver graça na vida, a ponto de fazer uma pessoa não querer mais vive-la, é algo que ainda me choca!
Vejo muitos idosos que andam chegando aos 80, 90 e até 100 anos ainda fazendo atividades que talvez não fossem mais possíveis pela limitação física ou muitas doenças!
Do jeito que muita gente vive, bebendo desmedidamente, sem fazer exercício, fumando exageradamente, dormindo poucas horas por dia, fica difícil viver por muitos anos...
Eu não sou uma pessoa que posso ser considerado um exemplo, como coisas que não são tão saudáveis, não sou fã de saladas e verduras de uma forma geral, ainda me estresso com muitas coisas mas, não fumo, bebo muito pouco e faço exercício, pelo menos, 3 vezes por semana, tem um tempinho...
O que tudo isso me faz pensar sobre a morte? Que ela não tem idade, e que pode ser retardada se tomarmos alguns cuidados e que, se a morte chegar na infância ou adolescência é considerada precoce e quando chega depois dos 90, talvez pareça ter passado da hora. Será mesmo?
Não posso escolher quando vou morrer, nem penso muito nisso, quero pensar em viver muito e de forma bem tranquila e, enquanto vivo, vou interagindo com quem está ao redor, pois tem gente que só descobre que amava o outro quando ele morre... Aí, é tarde demais!
Já que a gente não escolhe quando morrer, vamos escolher viver bem, ter amigos bacanas, respeitar nossos pais, ser bons filhos, não ser tão egoísta, ter um pouco de compaixão com o próximo e ser uma pessoa que veja alegria em ter um coração pulsando dentro da gente (esteja ele apaixonado ou não, isso não é imprescindível!)... 

Flávia Guerra (16/11/17)

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