Segue mais uma reflexão em forma de texto para a leitura de quem se interessar sobre assuntos diversos e cotidianos! Acho que postar a foto de minhas vozinhas é a melhor forma de falar sobre longevidade, elas são a minha prova cabal disso!
E se a gente pudesse escolher quando morrer?
Ontem,
em conversas em aniversário de criança, surgiu o assunto longevidade e
um comentário me chamou a atenção e, claro, me deixou instigada para
escrever um texto novo!
Falei
que queria chegar aos 90 anos ainda com muita disposição e um colega
afirmou: para que chegar nessa idade e não ter mais autonomia, passar o
dia todo vendo TV e fazendo cocô na fralda?
Na
mesma hora, respondi: mas se a gente pudesse escolher com que idade
morrer, seria muito bom, pena que não podemos! E ter uma vida com essas
características pode ser relativa, não é regra!
Todos
os meus amigos sabem que tive uma vó que faleceu aos 95 anos e outra
que acaba de fazer 99 e 3 meses, que anda sem nenhuma consciência, passa
o dia sem muita interação e está estável, na
medida do possível para a idade e, nunca foi concedido para ela,
escolher viver essa situação de ser quase uma centenária!
Fiquei
aqui me perguntando: será que ela queria ter chegado aos 99 e, se Deus
quiser, aos 100 anos de vida? Vejo tantos outros idosos com mais de 80
anos ultimamente que, acho que longevidade é um fato real, só muito
solitário num lar de idosos, infelizmente!
Lembro
quando ela tinha um pouco de consciência, que sempre que ia limpá-la,
ela comentava: minha filha, eu estou dando muito trabalho para você.
Agora, os cuidados com ela ainda são maiores e, ela já nem tem
consciência disso e faz parte, é a vida!
Não
temos o poder de escolher quando vamos deixar esse plano, exceto nas
situações em que as pessoas planejam sua própria morte, num ato de muita
polêmica, que é um suicídio... Deixar de ver graça na vida, a ponto de
fazer uma pessoa não querer mais vive-la, é algo que ainda me choca!
Vejo
muitos idosos que andam chegando aos 80, 90 e até 100 anos ainda
fazendo atividades que talvez não fossem mais possíveis pela limitação
física ou muitas doenças!
Do
jeito que muita gente vive, bebendo desmedidamente, sem fazer
exercício, fumando exageradamente, dormindo poucas horas por dia, fica
difícil viver por muitos anos...
Eu
não sou uma pessoa que posso ser considerado um exemplo, como coisas
que não são tão saudáveis, não sou fã de saladas e verduras de uma forma
geral, ainda me estresso com muitas coisas mas, não fumo, bebo muito
pouco e faço exercício, pelo menos, 3 vezes por semana, tem um
tempinho...
O
que tudo isso me faz pensar sobre a morte? Que ela não tem idade, e que
pode ser retardada se tomarmos alguns cuidados e que, se a morte chegar
na infância ou adolescência é considerada precoce e quando chega depois
dos 90, talvez pareça ter passado da hora. Será mesmo?
Não
posso escolher quando vou morrer, nem penso muito nisso, quero pensar
em viver muito e de forma bem tranquila e, enquanto vivo, vou
interagindo com quem está ao redor, pois tem gente que só descobre que
amava o outro quando ele morre... Aí, é tarde demais!
Já
que a gente não escolhe quando morrer, vamos escolher viver bem, ter
amigos bacanas, respeitar nossos pais, ser bons filhos, não ser tão
egoísta, ter um pouco de compaixão com o próximo e ser uma pessoa que
veja alegria em ter um coração pulsando dentro da gente (esteja ele
apaixonado ou não, isso não é imprescindível!)...
Flávia Guerra (16/11/17)
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