segunda-feira, 3 de julho de 2017

Bom dia diletos leitores e leitoras!


Segue texto novo que fala de memória, coisa que anda sendo cada vez mais prejudicada, dado o uso de aparelhos como celulares para lembrar de tudo para a gente.  Tenho muito medo de perder a minha mas, alguns fatos são indeléveis para mim, já tive provas reais disso! Segue a foto de Cira Ramos, que fez parte de minha infância e gosto inicial pelo teatro.







Minha memória ainda é ótima para algumas coisas...

Ando ficando meio esquecida de algumas coisas mas, músicas raramente eu esqueço, grava tudo que é jingle, aprendo músicas que nem curto os cantores, tenho uma facilidade com esse tipo de comunicação!
Eu tive muita certeza de quanto a música é algo marcante na minha vida, duas semanas atrás, quando fui ao teatro e me vi diante da diretora da peça e, lembrei na hora, de um peça que fui com ela como atriz.
Cheguei abordando-a dizendo que lembrava de uma peça mas, não lembrava o nome e nem o ano da mesma mas, lembrava de um música da pela até hoje e ela me pediu para cantar e, eu o fiz na mesma hora.
Ela prontamente me disse o nome da peça (A ver estrelas) e o ano (1990) e, só ai tive ideia de como fazia tanto tempo e eu ainda lembrava da música, é realmente algo muito pouco provável, depois de tantas peças vistas...
Mas, quando algo é bom, fica marcado para sempre, eu tenho muita convicção disso e essa lembrança foi a prova cabal dessa minha hipótese! Nunca esqueci que roupa eu usei no meu primeiro dia na Universidade!
Meu pai, muitas vezes, desacredita que eu lembre de coisas tão remotas mas, eu tenho minhas irmãs e até algumas amigas como testemunhas de muitos fatos do passado!
Lembro de idas aos parques com meu tio, nossa farras gastronômicas na Candys de Olinda (essa é para denunciar mesmo minha idade!), de nossas jogadas na quadra de uma escola lá perto de nosso apartamento, da vez que meu amigo pintou uma vaca com hidrocor e tantas outras coisas...
Tenho em mente algumas cenas de trelas minhas bem pixotota, como uma vez que fiquei levantando meu vestido e mostrando minha calcinha bunda rica para quem quisesse ver na frente do cinema São Luiz!
Nem dá para contabilizar a gama de lembranças do fundo do baú que eu guardei, às vezes, nem eu mesma acredito que lembro com riqueza de detalhes coisas que aconteceram tem mais de 30 anos. E o pior, é que não lembro de muitas coisas atuais...
Mas, não entendo bem como funciona a memória seletiva, deve ser algo bem complexo. Às vezes, esqueço de coisas importantes e quando lembro só falto
morrer e me martirizo um pouco.
A verdade é que as coisas marcantes sempre terão espaço na minha memória, mesmo que falte espaço, isso deve ser um mecanismo de defesa para não apagar os fatos que me fazem ser quem eu sou, lembrar das pessoas que realmente são importantes e dos fatos que me fizeram mais feliz por estar entre pessoas queridas!

Flávia Guerra (28/06/17)

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