Segue texto novo que fala de memória, coisa que anda sendo cada vez mais prejudicada, dado o uso de aparelhos como celulares para lembrar de tudo para a gente. Tenho muito medo de perder a minha mas, alguns fatos são indeléveis para mim, já tive provas reais disso! Segue a foto de Cira Ramos, que fez parte de minha infância e gosto inicial pelo teatro.
Minha memória ainda é ótima para algumas coisas...
Ando ficando
meio esquecida de algumas coisas mas, músicas raramente eu esqueço, grava tudo
que é jingle, aprendo músicas que nem curto os cantores, tenho uma facilidade
com esse tipo de comunicação!
Eu tive muita
certeza de quanto a música é algo marcante na minha vida, duas semanas atrás,
quando fui ao teatro e me vi diante da diretora da peça e, lembrei na hora, de
um peça que fui com ela como atriz.
Cheguei
abordando-a dizendo que lembrava de uma peça mas, não lembrava o nome e nem o
ano da mesma mas, lembrava de um música da pela até hoje e ela me pediu para
cantar e, eu o fiz na mesma hora.
Ela prontamente
me disse o nome da peça (A ver estrelas) e o ano (1990) e, só ai tive ideia de
como fazia tanto tempo e eu ainda lembrava da música, é realmente algo muito
pouco provável, depois de tantas peças vistas...
Mas, quando algo
é bom, fica marcado para sempre, eu tenho muita convicção disso e essa
lembrança foi a prova cabal dessa minha hipótese! Nunca esqueci que roupa eu
usei no meu primeiro dia na Universidade!
Meu pai, muitas
vezes, desacredita que eu lembre de coisas tão remotas mas, eu tenho minhas
irmãs e até algumas amigas como testemunhas de muitos fatos do passado!
Lembro de idas
aos parques com meu tio, nossa farras gastronômicas na Candys de Olinda (essa é
para denunciar mesmo minha idade!), de nossas jogadas na quadra de uma escola
lá perto de nosso apartamento, da vez que meu amigo pintou uma vaca com
hidrocor e tantas outras coisas...
Tenho em mente
algumas cenas de trelas minhas bem pixotota, como uma vez que fiquei levantando
meu vestido e mostrando minha calcinha bunda rica para quem quisesse ver na
frente do cinema São Luiz!
Nem dá para
contabilizar a gama de lembranças do fundo do baú que eu guardei, às vezes, nem
eu mesma acredito que lembro com riqueza de detalhes coisas que aconteceram tem
mais de 30 anos. E o pior, é que não lembro de muitas coisas atuais...
Mas, não entendo
bem como funciona a memória seletiva, deve ser algo bem complexo. Às vezes,
esqueço de coisas importantes e quando lembro só falto
morrer e me
martirizo um pouco.
A verdade é que
as coisas marcantes sempre terão espaço na minha memória, mesmo que falte
espaço, isso deve ser um mecanismo de defesa para não apagar os fatos que me
fazem ser quem eu sou, lembrar das pessoas que realmente são importantes e dos
fatos que me fizeram mais feliz por estar entre pessoas queridas!
Flávia Guerra
(28/06/17)
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