segunda-feira, 12 de junho de 2017

Bom dia!

E o dia dos namorados está aí e, eu claro, resolvi escrever sobre o verbo namorar... Em tempos de pouco romantismo, namorar está meio difícil! Mas, os românticos estão por aí, eu é que devo estar sem o olhar cuidadoso que preciso... Parabéns aos apaixonados e aos solteiros, serve sempre o dito popular: antes só do que mal acompanhado!



  



E namorar, tem sido um verbo que anda sofrendo mudanças...

A gente cresce ouvindo sobre a necessidade de aprender o uso  de muitos verbos, como: obedecer, estudar, crescer (pessoalmente e profissionalmente), aprender, entender, entre tantos outros tantos verbos como o desejado, namorar.
Ninguém aprende a namorar, isso é um verbo que está relacionado a nossa capacidade de gostar de pessoas e coisas mas, hoje em dia, acredito que "namorar" as coisas está bem mais comum do que as pessoas...
Sobre namorar, eis um verbo que vem sofrendo modificações significativas ao longo das décadas! Na verdade, muita coisa mudou mas, as relações sentimentais estão me assustando um pouco mais...
Quando criança, muita gente diz que o filho de 5 ou 6 aninhos já namora, na adolescência, namorar vira quase uma demonstração de poder, na vida adulta uma tarefa difícil e na velhice, um verbo “impossível” de ser praticado!
Engraçado como cada vez mais o namoro tem sido algo muito diferente do meu tempo de adolescência, fico imaginando como será num futuro não tão distante, acho que vai ser algo difícil de ser entendido!
Não concordo com essa prática de incentivar as crianças a dizerem que já namoram, eles precisam curtir os verbos de sua idade: brincar, aprender, desenvolver a capacidade de ser sociável, entender as proibições, os nãos que os pais precisam dar ao longo da difícil tarefa de educar...
Na adolescência, namorar era descobrir que aquele amigo de colégio despertava um interesse maior do que o normal, que ir para a aula tinha um estímulo a mais por causa de alguém, é quando a gente conhece a expressão “o coração quase sai pela boca” na prática!
Lembro muito bem de minha época de colégio, quando nós começamos a entender esse interesse e, os primeiros casais foram sendo formados na minha sala. Os primeiros beijos eram dados com plateia, era muito engraçado! Nunca esqueci de algumas situações com colegas próximos.
Hoje em dia, esses adolescentes não sabem mais o que é conquistar alguém. As relações são, cada vez mais, superficiais e muito pouco consistentes, as pessoas vão para a cama numa velocidade que bota qualquer piloto de fórmula um no bolso (não estou falando em Rubinho, tá?)...
Na vida adulta, namorar virou um desafio, na maioria dos casais que conheço! São os problemas profissionais, é a relação com os filhos, a dificuldade de manter a paixão, é a possibilidade de traição ou de ser largado por motivos grandes ou bobos, e a lista vai longe!
E na velhice, as pessoas acreditam que namorar não é mais necessário, basta se tolerar, isso já é muito significativo e suficiente! As pessoas esquecem que cuidar com romantismo de quem está perto é algo necessário e possível.
Adoro ver gente na terceira idade, ou depois de anos de relacionamento, andando de mãos dadas, com olhares de companheirismo, isso é algo que para mim, não deve ser mudado, pois namorar é bom, só anda difícil de ser executado diante de tantas mudanças, necessidades, dificuldades e, da falta de tempo mesmo!
Namorar é um dos verbos mais desafiadores nos tempos atuais, onde muita gente desconhece a palavra respeito e, que acha que você é cheia de qualidades mas, se não for para cama com o cara nos primeiros encontros, não é muito interessante para ele, dá muito trabalho, melhor ir namorar outra mais “moderna”...

Flávia Guerra (12/06/17)

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