Eu gosto muito de escrever mas, sei que é uma tarefa um pouco ingrata, já que exige uma certa habilidade no conhecimento das palavras. Vira e mexe, escrevo algo aqui e, depois, vejo que passou com erros de grafia e corro para arrumar! Nunca fui um exemplo na nossa língua mas, sempre fui cuidadosa! Acho é bem prudente e, não agride a visão de quem lê!
E a correção de provas, é sempre um momento estressante para mim...
Vida de professora não é fácil e, das inúmeras atividades que preciso exercer, a de corrigir provas é uma das mais difíceis de fazer, principalmente de turmas grandes!
Tive, nesse semestre, uma turma de 50 alunos que me deu um bocado de trabalho. Primeiro, pelo barulho e segundo, por terem deixado para estudar só para a final da disciplina, que contou com quase metade da turma nela!
A correção começa sempre pelas questões objetivas e deixo as subjetivas para fazer a leitura e as considerações, só no final. Demoro uma bocadinho nessa tarefa, nunca consigo fazer num dia só!
Além das respostas coerentes, eu corrijo os erros de português. Não consigo corrigir e ver um erro, sem riscar por cima o certo, já é minha marca registrada! Eu fico em cólicas quando eles escrevem algo muito errado, como “igiene”, “utencílios”, “aja”, etc!
Já vi muitos absurdos nas minhas correções e, fico preocupada com esses erros, já que lá na frente, isso será reproduzido nos estágios da vida... Se vierem a estagiar comigo, já sei que não os deixarei escrever para não me matarem de vergonha... Isso é fato!
Sei que há uma deficiência na escrita do português por parte de grande parte da população mas, isso precisa ser melhorado com mais leitura por parte de qualquer pessoa! Se a pessoa não lê, muito provavelmente, vai escrever de forma mais limitada e errada!
Eu procuro só escrever o que sei e, se eu tiver dúvidas, procuro um sinônimo ou um dicionário mesmo para me socorrer, detesto passar aperto nesse aspecto! Essa minha criticidade me deixa meio neurótica, eu sei mas, dificilmente vou abstrair isso!
Eu não sei se depois de muitos anos (apesar de já ter 17 anos) de sala de aula, eu vou ficar demente, porém, eu não fico nada satisfeita quando leio alguns recadinhos indecentes no fim da prova.
Vira e mexe, recebo o pedido: “Professora, mim ajude! Só preciso de 5,0 para passar!” Dá vontade de colocar um recadinho de volta dizendo: “Mim ser índia má, mim não vai ajudar você!
O pior, é saber que existe um recurso massa, em algumas ocasiões, que é o corretor ortográfico e, as pessoas nem o usam para seu bem! Nunca vou deixar de corrigir tudo que escrevo, mesmo que seja uma simples mensagem de zap, a neurose não deixa!
Flávia Guerra (02/07/18)
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