Passei alguns dias pensando no que eu vi no domingo e isso ainda me deixa angustiada... Como tem gente passando fome nesse mundo e, como a gente é feliz e não dá valor!!! E a cada dia mais tenho certeza que o ser humano é ingrato (e bem insensível, muitas vezes) mas, ao mesmo tempo, muito capaz de fazer coisas legais e ter uma sensibilidade admirável, graças a Deus!!
Já que falei sobre a normalidade, vamos discutir sobre a felicidade?
Toda semana um
tema fica martelando minha caixola e, assim as indagações vão virando textinhos
e os mesmos, viram forma de interagir com meu amigos e com o mundo, por assim
dizer...
No último domingo vivi uma
experiência massa e inédita na minha vida, que espero repetir e, poder levar
outros amigos a fazerem também, todo mundo precisa exercitar essa sensação
indescritível que é participar de um sopão!
Quando cheguei nos
locais para entregar o sopão (que é apenas um “pretexto” para ir dar afeto para
as pessoas) e conversar com os moradores de rua, um mundo paralelo já formou na
minha frente e alguma ideias me castigaram a mente...
Eu fiquei vendo
as pessoas que possuem muito pouco bens materiais, alguns nem possuem local
para morar, estão dormindo em calçadas em colchões completamente destruídos e
que nos receberam com tanto carinho que, confesso que fui surpreendida!!
Aí fiquei
pensando em como nós, a elite das elites de nosso país, que tivemos acesso à
uma universidade, temos casa própria ou dinheiro para pagar aluguel, temos uma
quantidade de roupas sempre maior do que satisfatória, temos dinheiro para
pagar remédios, podemos viajar algumas vezes na vida, enfim, temos tanto,
reclamamos que falta tudo, não é verdade??
Vi que a
felicidade pode estar em pequenos gestos, como abraçar e beijar pessoas
desconhecidas, comungar de suas ideias com pessoas mais novas, comer um crepe
delicioso depois de fazer essa ação, rir um monte por que está sem sentindo a
velhota do grupo, tantas coisas que nem posso tentar pontuar, são infinitas
coisas!!
Depois de ter
dificuldade de me definir como uma pessoa “normal”, agora posso dizer com muita
propriedade que a única coisa que sei é que eu sou feliz com tudo que Deus me
deu!
Tenho uma
família que amo muito, tenho saúde, tenho amigos queridos, tenho empregos,
tenho amor pelo próximo, tenho capacidade de pensar sobre a vida e as pessoas,
tenho algum dinheiro para comprar bens materiais, e outras coisas mais que me
levam a dizer: por que eu não havia de ser feliz nessa vida?
Seria muita
ingratidão (que venho refletindo dia a dia), não ter essa consciência e rever
toda vez que fazemos essa análise que de sempre nos falta algo para sermos
muito feliz...
Flávia Guerra
(10/11/15)
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