terça-feira, 2 de setembro de 2014

Boa noite prezados leitores!!!!

A necessidade de concluir um novo texto já está rondando minha cabeça, claro!! Nesse intervalo, um saiu em questão de minutos no fim de semana, depois de um telefonema de 1 hora com um amigo. Definitivamente, tudo vira um motivo para eu escrever!!!




   
A solidão na multidão é a nossa realidade

Nasci em casa e depois, vivi alguns muitos anos em apartamento para só depois voltar a morar em casa, já adulta. Claro que, passar muitos anos morando em casa, me fez ter uma relação diferente de meus vizinhos.
Eu vejo meus pais terem vizinhos que conhecem eles desde antes de casar. E já se passaram mais de 40 anos!!! É muito raro isso nos dias atuais, a vida anda numa dinâmica bem diferente...
A vida em edifício é bem diferente de casa, o convívio é muito superficial, a gente termina vendo muito pouco nossos vizinhos, as pessoas que mais falamos são os porteiros e zeladores, reconheço!
Mas, apesar dessa realidade, eu consegui ter uma rara figura na minha vida de edifício: minha vizinha de porta. Ela quando me conheceu, foi logo se disponibilizando a ajudar caso eu precisasse e dizendo que eu podia bater na porta dela, até de madrugada. Achei isso o máximo!!!
Engraçado que eu tenho uma vizinha que está grávida de quase 8 meses e só vim saber outro dia, quando nos encontramos no elevador. Isso é muito surreal para a minha realidade mas, é assim que anda acontecendo...
Conversando com um amigo, comentei esse fato da minha vizinha e ele ficou impressionado com a prestabilidade dela, achou muito raro, e realmente é, quase não vemos as pessoas se oferecendo para nada na atual conjuntura!
Eu já tinha pensado sobre o tema, quando vivi algumas situações mas, hoje eu pensei exatamente no texto como a solidão na multidão. Engraçado que estou cercada de um monte de famílias e não sei nada sobre praticamente nenhuma delas, depois de mais de 2 anos vivendo aqui.
Outro dia, estava vendo uma das inúmeras reportagens sobre problemas em condomínio e o entrevistado falando que o nome edifício não e por acaso, já que “é difícil” viver em comunidade, muito sensata a comparação!!
A gente entra e saí no hall ou no elevador e mal troca um bom dia ou boa tarde e só, morreu ali o contato com o vizinho. E às vezes, tem ciência do vizinho quando ele resolve abrir a porta para se despedir das visitas e decide cantar parabéns e fazer muitas piadinhas à meia noite e meia.
Eu só não levantei para ir reclamar pois achei que seria muito constrangedor a situação de ver um bocado de adulto que não tem noção de viver em comunidade e regras de convivência serem recriminados por mim, mesmo sabendo eu estava no meu direito!!!
Espero que outros vizinhos dessa natureza de boa praça cheguem no meu andar e no prédio que eu moro, para eu ter a certeza que mesmo morando sozinha,  sei que não estou completamente abandonada!!!
A cada dia fico mais surpreendida com a incapacidade das pessoas serem educadas ou pelo menos ter cuidado no exercício de conviver. Sei que é preciso ter um pouco de educação doméstica, pois ainda vejo muito “recadinho do coração” no elevador sobre reclamações tão primárias que fico com vergonha daquilo. Será que ninguém sabe mais ser educado???
Vou vivendo minha solidão com muita educação e seguindo todas as regras a mim imposta pelo condomínio pois, eu fiz a opção de sair de uma casa para viver num apartamento e preciso mostrar que sei viver em comunidade...

Flávia Guerra (30/08/14) 

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