E lá segue mais uma reflexão em forma de texto... Envelhecer até uma idade não esperada, é algo que está ficando cada dia mais comum. Isso gera, inclusive, mudanças de paradigmas e atitudes com relação aos nossos idosos! Na verdade, envelhecer é fato, só não andamos saber lidar bem isso...

E morrer novo, atualmente, conta a partir dos 60 e poucos anos...
Antigamente
(termo de gente que já se acha do século passado!), a gente falava
quando alguém morria aos 20, 30 ou até 40 anos, que a pessoa tinha
morrido muito precocemente, ainda estava na flor da idade, muitas coisas
para viver, etc!
Com
o aumento da longevidade, essa afirmação, meio que perdeu o sentido. As
pessoas estão chegando aos 80, 90 ou até mais de 100 anos com muito
mais frequência! Hoje, morrer aos 60 já é algo bem incoerente, a pessoa é
ainda considerada muito nova!
Na
verdade, a idade, é algo muito relativo, até por que é algo que depende
de muitos fatores como a forma de levar a vida, o seu comportamento, a
sua vitalidade e outras coisas...
Atualmente,
não causa nenhuma estranheza morrer aos 102 ou 105 anos, gente com mais
de 100 anos, anda deixando de ser algo raro. Eu conheço uma que fez 100
agora em março e, estou com minha vó bem próximo disso (em julho)!
Perdi
minha vó paterna aos 95 e, já convivo com muitos idosos, com mais de 80
anos faz 3 anos. Tenho certeza que alguns dele devem chegar até os 100,
talvez até com uma certa lucidez!
Hoje,
minha tia comentou no almoço, que um senhor tinha morrido cedo e na
mesma hora eu questionei: quantos anos ele tinha, tia? Ela respondeu que
ele tinha uns 60 e poucos e aí fiquei pensando nessa mudança, foi
impossível não fazer uma reflexão...
Engraçado
como as pessoas morriam aos 50 e, isso já parecia que era muita coisa,
afinal, ela tinha vivido meio século de vida! Ir além disso por mais 30,
40 anos, era algo mais difícil de acontecer...
Lógico
que as pessoas que enfrentam situações de doença muito séria, tendem a
morrer, muitas vezes, numa idade precoce, pois aí, não é uma situação
que se possa interferir.
Eu
não sei, e nem quero saber, com quantos anos vou morrer mas, quero
viver com dignidade, saúde e aproveitando muito as coisas boas da vida
e, que não seja de forma “precoce” (como se eu pudesse escolher...)!
Flávia Guerra (23/04/18)